Palavra do diretor
… E toca o sinal. Chegou a hora… Lentamente os professores caminham para as salas de aula. Os alunos, quase todos, esperando (ansiosamente?) pelo início da aula… do lado de fora da classe.
Cinco minutos se passam até que o professor entre, e mais cinco para que todos os alunos se acomodem, e alguns outros minutos para a chamada. E, depois de um quarto de aula perdida, começa a “explicação”
“Na aula de hoje, vamos ver”… Neste instante, a maioria dos alunos abre suas bolsas, sacolas, pastas, à procura do livro, apostilas ou folhas grampeadas para “acompanhar” a aula. Tudo isso, claro, sem ouvir uma só palavra do professor. Consciente disso, o mestre despeja no quadro o conteúdo “da matéria”, muitas vezes com a certeza de que o aluno não aprenderá.
E o tempo demora a passar! Durante uma aula de 45 minutos, um e outro aluno consultam o relógio (que agora vem acompanhado de um aparelho telefônico), no mínimo, quatro vezes. E, quando toca o sinal, 90% dos estudantes abandonam o pobre professor, que fica, literalmente, sozinho.
Pois é! Assim se estabelece o PACTO DA MEDIOCRIDADE, na maioria das escolas brasileiras: o professor finge que ensina e o aluno finge que aprende.
Nas provas, milagrosamente, sentimos a mão da providência divina: “coincidentemente”, o conteúdo é exatamente aquele que os meninos viram na última aula antes da prova. E as notas, mais ou menos equilibradas, correm de modo que, no final, ainda que com ajuda de uns trabalhinhos, todos são aprovados.
Vem a formatura, como se algo realmente tivesse sido formado. Tudo parece tão organizado e perfeito que o completo desconhecimento de uma simples equação de primeiro grau passa despercebido por todos. Tudo, até então, estava compactuando para a manutenção desse enfraquecido sistema de ensino até que um único obstáculo aparece: o Enem!
E, nesse encontro, os frutos de uma ineficiente educação são revelados: os alunos se deparam com a mais dura das realidades. O resultado do Enem chega como um raio, e atinge esses inocentes despreparados, que vão alimentar as cadeiras dos cursinhos nos anos seguintes para, em um ano, aprender aquilo que poderiam e deveriam ter aprendido em três.
Finalmente, o Colégio Ciências Aplicadas nasce em resposta à solicitação cada vez mais crescente de um ensino verdadeiro e honesto, tendo como meta principal romper com a estrutura rígida e improdutiva – ainda tão comum –, resgatando um ensino com a densidade dos sistemas educativos que nossos pais conheceram, aliada a versatilidade de que os alunos de hoje necessitam.
Professor Alexandre Pinto