Lidar com o universo adolescente e suas constantes transformações é certamente um desafio. No corrente mês, a questão do suicídio de jovens tem sido um assunto bastante discutido, sobretudo em decorrência de notícias sobre o desafio Baleia Azul e a série 13 Reasons Why, da Netflix.

Ao considerar que o suicídio é a segunda principal causa de morte de jovens em todo o mundo, percebe-se a importância de tratar esse tema com a comunidade escolar, pois, como educadores, nosso papel de orientação e aconselhamento é essencial, já que, para a Organização Mundial da Saúde, é possível prevenir o suicídio em 90% dos casos.

Apesar de o ato de tirar a própria vida ser o mote central nas discussões a respeito do jogo Baleia Azul e da série da Netflix, é oportuno também o debate mais aprofundado sobre questões envolvendo o sofrimento infantojuvenil. Ouvir a criança e o adolescente é determinante, afinal, estar alerta a alguns sinais e comportamentos apresentados por eles pode auxiliar na prevenção do adoecimento (depressão) e até mesmo de respostas trágicas como o suicídio.

Conversar sobre a temática abordada na série – e lamentavelmente incentivada no desafio Baleia Azul – é importante. Nesse contexto, é preciso esclarecer os perigos do jogo e o quanto ele representa um desserviço à criança ou ao adolescente, pois tem como principal e final objetivo o ato de provocar a própria morte.

É fundamental também estar atento a quaisquer mudanças de comportamento: isolamento de amigos e familiares, insônia ou demonstrações de cansaço excessivo, cortes no corpo e humor deprimido.

Esse acompanhamento deve ser visto como forma de acolher as crianças e jovens, ao proporcionar um ambiente confortável, seguro e capaz de oferecer a ajuda de profissionais (psicólogo, psiquiatra ou o CVV – Centro de Valorização da Vida) quando for necessário.

O Colégio Ciências Aplicadas acredita que é possível, a partir da orientação e do acolhimento, promover saúde e qualidade de vida. Os temas que fazem parte da vida de nossos alunos e de nossos filhos precisam, sim, ser debatidos, sempre com responsabilidade e seriedade.

SAIBA MAIS SOBRE O ASSUNTO:
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